Desde a implantação da unidade do Corpo de Bombeiros no Município, em fevereiro desse ano, conforme explica o Subcomandante Aguiar
Com aproximadamente 28 km de litoral, divididos em 15 praias que percorrem todo o município, fica difícil resistir a sedução de um bom banho de mar. Mas o que poucos sabem é que Rio das Ostras, por ser banhado em parte, por mar aberto, costuma apresentar altos níveis de afogamentos, sendo na maioria das vezes proporcionados por simples desinformação.
Entretanto, desde a implantação da unidade do Corpo de Bombeiros no Município, em fevereiro desse ano, conforme explica o Subcomandante Aguiar, parte da demanda tem sido suprida na questão do monitoramento por postos de salva-vidas. Fazendo uma cobertura dos locais que apresentam maiores riscos aos banhistas, como o Remanso e área central de Costazul, o CBMRJ conta com quatro pontos de monitoramento, sendo a base do emissário submarino recentemente implantada, auxiliando a Guarda Municipal, responsável pela cobertura no trecho da Praça da Baleia, praia do Centro, Boca da Barra e Lagoa de Iriri.
“Estamos contando com grande apoio da prefeitura, que nos cedeu uma das unidades de quiosques para a implantação de uma base de monitoramento na região central de Costazul e a fixação do posto no emissário, que antes só ocorria em alta temporada. Mas o mais importante são as placas de orientação aos banhistas, que indicam se a área é apropriada ou não ao banho, os perigos locais, além das campanhas de conscientização nas escolas, onde fornecemos materiais educativos” explica Aguiar, destacando também a importância da participação do CBMRJ na Semana da Família.
O evento aconteceu na semana passada e levou aos participantes uma programação repleta de palestras, workshops, shows religiosos e prestações de serviços através dos stands de informação, além do Projeto Botinho, que ocorre anualmente sempre em janeiro com crianças e adolescentes de 7 a 17 anos, orientando-os sobretudo a questões de primeiros socorros em afogamentos, bem como as várias formas de evitá-los.
Reforçando a importância de se trabalhar a conscientização da população, o Comandante Brazão explica que na maioria das vezes, os afogamentos ocorrem em áreas de mar aberto onde as correntezas podem ser mais intensas e causar valas no fundo do mar, portanto, o banhista, ainda que saiba nadar, deve evitar certas praias ou trechos, orientando-se com os postos da guarda, salva-vidas e as placas, e principalmente evitar as praias desertas. Brazão também sugere que o ideal é que dentro do mar, o banhista permaneça nos limites de profundidade em que se possa ficar em pé, de preferencia com a água abaixo dos limites dos ombros.
Com a maioria dos casos ocorridos na praia de Costazul, Ramiro aponta que só o Corpo de Bombeiros realizou esse ano 173 salvamentos em janeiro, 49 em fevereiro, 73 em março e 61 em abril, sendo que 42 dessas ocorrências foram feitas na Semana Santa. Entretanto, afirma que na área de cobertura do CBMRJ não foi registrado nenhum caso de óbito nesse verão. “Os níveis de afogamentos foram reduzidos, se compararmos com o dos outros anos, mas o crescimento populacional e o avanço imobiliário estão tornando praias que antes eram desertas, em praias cada vez mais frequentadas, não levando em consideração os riscos iminentes, e a falta de um monitoramento adequado” afirma.
Como exemplo, o subcomandante cita a praia de Itapebussus, onde alguns moradores registraram no mês passado um caso de afogamento e a ausência de salva-vidas na região: “Itapebussus é um caso especial, pois trata-se de uma área muito remota e com acesso apenas pelo mar ou por dentro da reserva. É inviável mantermos uma base com profissionais lá por conta da logística e recomendamos que as pessoas evitem a sua frequência para o banho, estando atentas às sinalizações ,entretanto, estamos providenciando melhorias no atendimento nessas regiões remotas através de lanchas e jet skis”.
› FONTE: Macaé News (www.macaenews.com.br)